quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Desintoxicação digital

A modernidade trouxe ao homem uma fábrica de estresse, deixando a vida cheia de preocupações, ocupações e paranoias.

Sabemos que a evolução tem o seu preço.O homem criou a máquina e, ao longo do caminho, esqueceu-se de si e de que ele é uma somatória de valores, sentimentos, costumes e ideias. Quanto mais o tempo passa, maior a lacuna e o vazio que se instalam. Ocorre uma
busca incessante, os sentimentos estão confusos.
Toda essa desordem, ou todo esse desajuste, acaba gerando um desconforto muito grande em todos nós, propiciando o aparecimento de estresse, inseguranças, dúvidas e medos. Vivemos em uma época em que há falta de compromisso consigo mesmo e com os outros, falta de verdade, ausência de autenticidade (dificuldade em ser você mesmo), atitudes que levam a uma fluidez nos relacionamentos, tornando-os superficiais.
Entre as pessoas que habitam a mesma casa, hoje em dia, pela correria em função do acúmulo de trabalho, há falta de tolerância, de diálogo e de interação. Pais culpados eram em si uma necessidade de compensação. É preciso perceber o outro, o que tem sido esquecido. Todo esse turbilhão de sensações desencadeia uma ansiedade muito grande, propiciando os excessos com trabalho, comida, bebida/drogas, compras, sexo e hoje, um dos mais evidentes, a compulsão digital - celulares, internet, ipod, tablets etc.
E a compulsão digital afeta a muitos. Ela pode ser gerada pela falta de comunicação verbal entre as pessoas, pois atualmente muitos preferem se comunicar via internet, pela busca de informações (para não perder nada do que acontece no mundo) e pela solidão que afeta muitos. Os motivos podem variar, mas ela existe.
Alguns dos sintomas que esta compulsão digital provoca são a ansiedade, a falta de concentração, a irritabilidade entre outros. Algumas pessoas estão tão ligadas nesse contexto que não param nunca!
Trabalham, almoçam, sempre conectadas. A grande pergunta é: para onde isso vai nos levar? É importante que a pessoa perceba que existe vida fora desse contexto. Que está na hora dela fazer uma leitura de cenário de sua própria vida. Que não adianta ela procurar fora e esquecer de olhar para o seu universo interno.
Hoje a preocupação é com o externo, o belo, o corpo escultural, as roupas, mas e o nosso “Eu”. Como fica a nossa vida? Você está vivendo ou sobrevivendo? Está trabalhando suas dores internas ou está se intoxicando com tanto sentimento ruim (como ódio, raiva, tristeza).
Você é uma pessoa emocionalmente sustentável? Consegue lidar bem com suas emoções? Percebam uma coisa: quando nos damos a chance de nos conhecer prendemos a reagir de modo mais positivo diante de fatos e verdades de nossa vida. Assumimos nossa identidade e nos superamos.
Ao estabelecer um contato mais íntimo com si próprio, você terá imensas vantagens. Saberá reconhecer seus limites, aprendera a transpor os obstáculos, as perdas, as contrariedades, os conflitos, entenderá melhor o mundo, a vida e as pessoas.
Reconhecer-se-á em algumas dessas pessoas, perceberá que temos ferramentas para nos renovar a cada dia. Fará escolhas mais conscientes e certeiras, pois você não estará mais tão ansiosa, insegura e impaciente. Valorizará o que realmente lhe é importante. Certamente, sua vida ficará mais prospera e você alcançará seus objetivos. Estará mais equilibrado, centrado, focado.
O autoconhecimento nos blinda de tanta toxina! A partir dele sua vida tomará seu verdadeiro sentido. E então você alcançará um equilíbrio emocional e poderá contribuir para a sustentabilidade do planeta.

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